
O primeiro módulo do Colabora RH 2025 do SETPESP trouxe uma reflexão profunda sobre o papel estratégico do recrutamento nas empresas. A palestra “Recrutamento Estratégico e Comportamento Humano: mais do que preencher vagas, é construir o futuro da organização”, apresentada por Nadjane Oliveira, gestora de Atração e Seleção na Soulan Recursos Humanos, destacou a importância de unir sensibilidade humana e visão de negócio aos processos seletivos – algo que, segundo ela, a inteligência artificial jamais substituirá.
Durante a apresentação, Nadjane ressaltou que o recrutamento estratégico vai além da reposição de vagas: trata-se de alinhar o processo de seleção aos objetivos e necessidades de longo prazo da empresa. “Recrutamento estratégico não é algo que se implementa de um dia para o outro, é construído”, explicou.


Para Nadjane, o papel do RH mudou significativamente nas últimas décadas. “Antigamente o RH era apenas um cumpridor de ordens e não tinha uma participação ativa. Hoje, é visto como uma consultoria interna e precisa ser parceiro do negócio. O RH não é só executor: ele participa das decisões e mostra o cenário”, afirmou.
A gestora também destacou a importância da análise de dados na tomada de decisões: “Antes tínhamos pouca análise de dados. Hoje, os dados são o ponto central do nosso trabalho, para entender se o processo está realmente estratégico.”
Encerrando sua fala, Nadjane reforçou que o comportamento humano deve estar no centro das decisões de recrutamento. “Antes da técnica existe gente, antes da competência, existe história. O comportamento é hoje um dos principais preditores de sucesso profissional, mais do que experiência ou formação. Uma pessoa que tem a competência e não tem empatia pode ser um risco disfarçado de talento”, concluiu.