Junto ao Boston Consulting Group (BCG), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) entregou ao vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o novo estudo intitulado “Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil”. Trata-se de uma contribuição da entidade e do setor para a COP (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que será realizada este ano no Azerbaijão e no ano que vem no Brasil, no estado do Pará.
A pesquisa demonstra que, com o uso das novas tecnologias de propulsão desenvolvidas pelos fabricantes de veículos nacionais (combinadas com a utilização de biocombustíveis), será possível reduzir até 280 milhões de toneladas de gás carbônico nos próximos 15 anos. Atualmente, o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que representa cerca de 13% das emissões totais do Brasil. Se o ritmo atual de crescimento for mantido, as emissões poderão atingir 256 milhões de toneladas em 2040.
Segundo o estudo da Anfavea, outras medidas podem acelerar o processo, como:
• Renovação da frota;
• Inspeção veicular;
• Aumento do poder calorífico dos biocombustíveis;
• Implementação de programas de reciclagem veicular.
Esse avanço envolve o desenvolvimento de um ecossistema abrangente, que inclui a cadeia de fornecedores, infraestrutura de recarga, geração e distribuição de energia, além da produção de biocombustíveis.
Como consequência deste cenário, a venda de veículos híbridos e elétricos leves pode ultrapassar a de veículos a combustão até o fim desta década, atingindo 1,5 milhões em 2030, podendo representar mais de 90% em 2040.
Já para o segmento de veículos pesados, as vendas com novas tecnologias de propulsão podem representar 60% em 2040. Em aplicações como ônibus urbanos, as versões elétricas podem ultrapassar 50% já em 2035.
“O estudo demonstra o papel que o setor automotivo está desempenhando no desenvolvimento de tecnologias rumo à descarbonização, oferecendo soluções que não apenas atendem às necessidades de mobilidade, mas que também reforçam o compromisso em promover uma significativa redução das emissões de gases de efeito estufa, beneficiando a sociedade como um todo e as futuras gerações”, concluiu Márcio de Lima Leite.
*Com informações da Assessoria de Comunicação da Anfavea.